
Prontos para irmos para casa depois de mais um dia de trabalho, quando perto da nossa delegação apareceu um gato abandonado.
Muito esperto e carinhoso o nosso novo “amiguinho”, conquistou-nos a todos e não conseguimos ficar indiferentes à situação e assumimos o compromisso de cuidar dele e arranjar um dono, pois caso não o fizéssemos a sua vida podia estar em causa.
O nosso voluntário Ricardo Moura, agora o actual coordenador da juventude disponibilizou-se a ficar com o gatinho em sua casa, enquanto lhe encontrávamos um dono.
Depois de imensas chamadas efectuadas conseguimos encontrar um novo lar para o nosso gatinho.
Uma idosa, nossa utente, recebeu-o de braços abertos e muito contente referiu que não se iria sentir tão sozinha daqui para a frente.
O “Mimi” nome dado pela idosa ao nosso “amiguinho” encontra-se feliz e contente neste lar quentinho e acolhedor.
Reflectindo:
“Em Portugal, estima-se que existam mais de 5 milhões de animais abandonados, entre cães e gatos. A tendência deste número tem sido sempre a de aumentar, ano após ano, e começa a verificar-se abandono em várias épocas do ano, não apenas em tempo de férias (embora continue a ser a época de maior abandono).
É falsa a ideia de que um animal se for abandonado, consegue “desenrascar-se”. Não se pode socorrer do argumento “instinto selvagem” pois se temos cães e gatos em casa, é precisamente porque estes foram domesticados. A escassez de alimento, de água, de abrigo e de segurança, deixa os animais com quase nenhumas hipóteses de sucesso.
No caso do alimento, é necessário compreender que os instintos de caça praticamente não existem nos animais domésticos, pois foram criados a receber a sua ração pronta e a horas sem necessidade de irem lutar por ela.
Não comprem, não adoptem e não tenham animais em casa, se não tiverem as condições para ficar com eles até ao fim da sua longevidade natural, com os cuidados básicos que necessitam!”
