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27/01/2010

1ª Campanha local "Ajude o Haiti, Agora"

A Juventude Cruz Vermelha de Castelo Branco vai iniciar uma campanha de angariação de fundos para as vítimas do Haiti em vários locais da cidade. Nesta campanha, informaremos as pessoas das várias formas existentes para fazer donativos monetários para esta causa. De acordo com a informação da sede nacional da CVP* (ver texto abaixo), devemos dissuadir as pessoas de doar bens alimentares e roupa, pois por vezes o excesso de artigos não essenciais pode complicar a ajuda humanitária no terreno.
Nesta campanha, iremos, contudo, aceitar medicamentos, roupas e alimentos não perecíveis, que manteremos em instalações dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco - que se uniram a nós nesta causa e se disponibilizaram a armazenar os artigos recolhidos -, até que estes possam ser enviados às entidades responsáveis pela distribuição quando o Haiti estiver em condições de receber este tipo de ajuda.

*Devo enviar alimentos, medicamentos ou outros artigos para o Haiti?

Não. A sua doação de dinheiro permite-nos ser mais flexíveis na aquisição daquilo que é mais necessário para as comunidades afectadas. O princípio de que “qualquer coisa é melhor do que nada” não é verdade. O alívio do sofrimento deve ser guiado apenas pela necessidade e não por aquilo que as pessoas têm para doar. A ajuda humanitária não deve “fazer pior”. Pode ser muito prejudicial ter alimentos frescos não solicitados e desnecessários a apodrecerem em aeroportos e portos, impedindo outros bens essenciais de chegarem. Por outro lado, a Cruz Vermelha não possui aviões, tendo de pagar os custos comerciais de transporte aéreo como qualquer outra entidade ou pessoa, e tal é dispendioso. É por esta razão que não enviamos roupa ou cobertores, por exemplo, de Portugal. Eles são adquiridos e armazenados localmente em países próximos onde ocorrem os desastres para que seja mais rápido e mais barato chegarem onde são necessários. Também temos disponíveis stocks de emergência para vários milhares de famílias. Assim que é possível começa-se a adquirir o que for necessário no país afectado, quando é possível, ou nos seus vizinhos. Donativos em géneros não solicitados criam caos, desperdício e confusão para um país já crise.

A primeira campanha será realizada no Espaço Solidariedade do Fórum de Castelo Branco, que se mostrou prontamente disponível para nos voltar a acolher.
Horário:
Dias 30 e 31 de Janeiro (sábado e domingo) - 10h00 às 22h00
Dias 1, 2, 3, 4 e 5 de Fevereiro (segunda a sexta) - 18h00 às 22h00 de Segunda a Sexta

1 comentário:

Ricardo Alves Gomes disse...

À CVP de Castelo Branco:

Foi lançada uma petição online, oriunda dos Açores, apelando ao Estado Português para que se empenhe junto das Organizações Internacionais, no sentido de Portugal integrar os países disponíveis para prestar acolhimento a desalojados do Haiti, cuja evacuação em larga escala acontecerá em breve.

Em vários pontos do nosso País, particularmente nas comunidades mais pequenas, em especial em certas Ilhas dos Açores, as populações querem ajudar, mas ou não encontram forma de encaminhar a sua ajuda material, ou não dispõem de recursos financeiros bastantes para depositar nas contas/donativos que estão abertas.

Porém, esses portugueses de Boa Vontade, estão dispostos a oferecer os seu melhor, individual e colectivamente para, à escala dos meios, acolherem desalojados do Haiti, proporcionando-lhes condições de vida condignas e apoio humano, de modo a que os sinistrados possam encontrar o amparo que lhes falta, o conforto que merecem, e fundada esperança num dia melhor.

Bem sabem os signatários que o Estado Português, instituições várias, de solidariedade social e outras, tudo estão a fazer para tentar minorar a dor do Haiti. Nesta fase, as ajudas possíveis estão em curso. Todavia, se nesta fase todas as ajudas importam, se todos os contributos ajudam, por conseguinte, na fase que se segue, não há-de ser diferente.

A missão humanitária em torno do Haiti não poderá ser dada por encerrada quando os sobreviventes estiverem resgatados, os mortos enterrados, os doentes assistidos e os desalojados abrigados em espaços provisórios...

O que acontecerá depois, perguntamos... quando a TV já não abrir telejornais com as imagens mais horripilantes, quando a "consciência globais" já não estiverem tão sensíveis, e quando as grandes potências tiverem decidido sobre os destinos daquele Povo?

Quando começar o primeiro balanço, em fase de rescaldo e, afinal, quando chegarmos à conclusão que podíamos ter tido outra atitude, evitando, pelo menos, que uma parte daquelas vítimas/sobreviventes não ficasse à inteira mercê do acaso e dos apetites mais vorazes, geradores de novas fatalidades, mais tragédias sobre a tragédia???...

Portugal pode antever já esse horizonte, que é curto, ou não tivéssemos dados factuais na nossa história recente para tal noção estar bem viva; a descolonização, o abandono de Timor-Leste ou, mais recentemente, a complexa questão posta à União Europeia relativamente à imigração clandestina...

A tudo isso, acresce, nos Açores, outra dimensão. A experiência da sujeição às catástrofes naturais e as consequências humanas dos desastres; a emigração para os EUA e Canadá, após a erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957), as ajudas recebidas após o sismo de 01 de Janeiro de 1980 ou, mais recentemente, as consequências do repatriamento de segundas gerações, muitas vezes sem critério social e humano adequado.

Se estas razões não nos não bastassem, dir-se-ia ainda que, à medida de cada comunidade, e na devida proporção, existem hoje nos Açores meios logísticos e humanos para acolher grupos de desalojados nas Ilhas, sem que isso implique qualquer sobrecarga para a coesão social existente.

Mais importante: existem pessoas, vontades e comunidades, aptas a desempenhar, voluntária e graciosamente, o seu contributo humanitário, sendo que tal missão muito gratificante seria para quem acolhe, elevando também a matriz humanista de Portugal, por via do gesto. Uma pequena ajuda para uns poucos. Quem nada têm e tudo precisam...
Essa será, também, porventura, uma das nossas formas de ajudar.

Pedimos, portanto, a todos aqueles que considerarem esta iniciativa boa que a façam sua, assinando a petição. E que a divulguem! Para que consigamos propagar um "surto benigno", com epicentro no Portugal mais recôndito.

Cumprimentos cordiais,

P´los signatários,
Ricardo Alves Gomes

LINK PARA PETIÇÃO ONLINE: Ajuda de Portugal ao Haiti: Acolher desalojados na nossa terra

http://www.ipetitions.com/petition/acolherhaiti